terça-feira, 18 de dezembro de 2012

LISBOA, CIDADE SIMPÁTICA.

Pela calçada até ao rio penso nestas palavras. Guardo-as como minhas apenas. Desço ruelas, encontro caminhos. Descubro rostos e imagino paisagens. O trajecto nunca é igual. O passeio é desnivelado e está escorregadio. Onde não há corrimão de metal há quem te avise: “Cuidado, vá devagar” - exclama o merceeiro. Gosto de ver os turistas a gostar. Adoro ver gente de fora a co
ntemplar. Orgulho-me da simpatia da cidade. Gente boa e recomendável. Do Castelo até à Sé dás atenção à pedra da calçada. Tão nossa. Só nossa. Do miradouro até ao rio vai um longo caminho de pensamentos. O sol bate-te na cara e o gelo bate no copo. Grande final de tarde. O barulho das sombras, o pormenor das casas. As árvores mais altas vigiam-te o largo, tomam conta do que é teu. Do que é nosso. Do que te foi dado, do que tu tens que cuidar. Cada passo que dás é mais um bocado que Lisboa te dá a conhecer. Entras, sais, desvias-te, passas por cima. Estamos bem mobilados. Paro para descansar no banco de jardim. Puxo do papel para deixar cá as palavras. Têm que ser partilhadas. Lisboa...